DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) determinou que a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp) instaure um procedimento administrativo para investigar o acesso a celulares por criminosos dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). A determinação aconteceu após um dos presos da unidade, que tem papel de liderança em uma facção, ordenar e assistir, por videochamada, a tortura e execução de duas irmãs na cidade de Porto Esperidião.
Ao ser questionado se alguma medida foi tomada para coibir o acesso dos presos a aparelhos de telefone dentro da unidade prisional na Capital, Mauro afirmou que uma investigação já está em andamento para identificar como os celulares foram parar dentro da PCE.
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"Com certeza houve (uma falha no sistema de bloqueio de sinal de telefone dentro da penitenciária), e isso está sendo investigado", afirmou o chefe do Executivo à imprensa.
A candidata a vereadora pelo município, Rayane Alves Porto, de 25 anos, e a irmã dela, Rithiele Alves Porto, 28 anos, foram sequestradas na madrugada de sábado (14), durante um festival. Elas e mais dois amigos foram levados para um cativeiro, onde foram espancados e tiveram os dedos cortados.
As duas jovens, entretanto, tiveram suas "ordens de assassinato" decretadas por um criminoso que está na PCE. Por meio de chamada de vídeo, ele assistiu toda situação, inclusive viu elas sendo mortas a golpes de faca.
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O duplo homicídio foi cometido após as vítimas terem publicado, nas redes sociais, fotos onde supostamente faziam sinais reverenciando uma facção rival.
Vale lembrar, que as unidades prisionais do estado contam com bloqueadores de sinal, mas ao que parece, houve uma falha do equipamento no dia do crime.
Até agora, a Polícia Civil já prendeu 12 pessoas por envolvimento nos homicídios. Cinco dessas são menores de idade.
