CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) apresentou à Justiça uma lista com nomes de vereadores e familiares que teriam sido indicações políticas para contratação na Secretaria de Saúde de Cuiabá.
O documento, que relaciona nove vereadores, foi anexo nessa quinta-feira (4), no âmbito da ação civil pública que resultou no afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo prazo de 90 dias.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
"Calha à oportunidade requerer a juntada do levantamento feito após breve investigação, onde se comprovou a tese exposta na preambular, de que o réu vem praticando a 'compra de apoio político', através da barganha de cargos públicos com o legislativo municipal, inclusive com o pagamento indevido de prêmio saúde em elevada monta em diversas secretarias, com a nomeação não apenas de apadrinhados políticos indicados, mas especialmente de parentes próximos aos vereadores", assinalou o Ministério Público.
Segundo apontou o MPE na denúncia inicial, a Prefeitura de Cuiabá já teria pago R$ 16 milhões em benefícios irregulares. O pagamento também seria despadronizado, sendo que o valor a ser pago para cada servidor dependeria de indicação. Conforme consta da denúncia, há relatos de que a primeira-dama, Márcia Pinheiro, seria uma das pessoas que faziam a interlocução e indicação de quem receberia o benefício.
Leia também - Emanuel recorre à presidência do TJ para barrar afastamento do cargo
Conforme a lista do Ministério Público, algumas das indicações dos vereadores recebem, além do salário pelo cargo que ocupam, pagamento do Prêmio Saúde de até R$ 5,9 mil. O pagamento do benefício é considerado "segundo salário" pelo Ministério Público. Já os salários variam de R$ 1,6 mil a R$ 12,4 mil.
Alan 05/11/2021
E por qual motivo os Vereadores não respondem em conjunto?
1 comentários