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Cuiabá, 13 de Novembro de 2024
13 de Novembro de 2024

10 de Novembro de 2024, 09h:10 - A | A

PODERES / "AQUI TEM ORDEM"

Promotora de MT esculacha advogados: "Não admito que venha lá de Goiânia fazer malandragem aqui"

Clarissa Cubis de Lima Canan ofendeu os advogados criminalistas Jefferson Adriano Ribeiro Junior e Letícia David Moura em uma audiência, em Barra do Garças

VANESSA MORENO
DO REPÓRTER MT



A promotora de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) Clarissa Cubis de Lima Canan se exaltou e disse, em audiência de julgamento, que os advogados criminalistas Jefferson Adriano Ribeiro Junior e Letícia David Moura "seguem o código da bandidagem". A audiência foi realizada no último dia 30 de outubro, em Barra do Garças (511 km de Cuiabá). 

"Ninguém vai fazer maracutaia aqui na minha frente, não. Essa é a minha comarca, eu não admito que venha lá de Goiânia fazer malandragem aqui. Aqui tem ordem", disse a promotora exaltada. 

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Indignados com a situação, os advogados pediram por respeito. “Não somos bandidos, não. Tenha respeito”, disse Letícia.

Segundo relato dos profissionais, o comportamento da promotora “agressivo e verbalmente abusivo”, como foi descrito por eles, começou quando o réu optou por exercer o direito de permanecer em silêncio.

Durante a audiência, Clarissa Cubis teria ainda insinuado que Jefferson Adriano e Letícia David eram financiados por atividades ilícitas, associando-os ao tráfico de drogas e organizações criminosas. A promotora disse também que os advogados “atuam em bando” e os acusou de deslealdade processual, pois segundo ela, estariam impedindo a realização de perguntas ao réu.

Clarrisa tentou impedir a gravação da audiência, mas a discussão foi registrada em vídeo, que viralizou na internet.

Os advogados ofendidos são de Goiânia (GO) e a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Goiás, por meio da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), solicitou a instauração de um procedimento investigativo, junto à OAB seccional Mato Grosso e encaminhou uma reclamação disciplinar ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), requerendo o afastamento da promotora.

"A defesa em momento algum, deu causa à qualquer provocação e atuou com urbanidade e ética. Continuaremos a tomar as medidas cabíveis para garantir que esse desrespeito às prerrogativas não se repita", disse o advogado Jefferson Adriano nas redes sociais. 

Veja o vídeo:

 

 

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Glauber 10/11/2024

Vixe, o clima ficou tenso hein!!

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1 comentários