APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
O vereador Demilson Nogueira (PP) disse que as contas da Prefeitura de Cuiabá, referentes ao ano de 2023, devem apresentar um cenário ainda pior do que o que se viu no relatório do conselheiro Antonio Joaquim, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT).
Em seu relatório, Antonio Joaquim citou uma dívida de R$ 1,2 bilhão e ainda o “desaparecimento” de R$ 235 milhões repassados pela União para o combate à pandemia de covid-19.
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“Nas contas de 2023 os problemas serão maiores. Educação não fecha 25%, eu estou afirmando, não fecha os 25% de (obrigatórios de) investimento. E a dívida consolidada em 2023 vai chegar a R$ 1,692 bilhão. Então, essas são as dificuldades que nós estamos vendo”, disse o vereador.
Demilson, que é o presidente da Comissão de Fiscalização e Execução Orçamentária da Câmara de Cuiabá, recordou que quando eram analisadas as contas de 2021 o TCE já havia dado “uma oportunidade” a Emanuel Pinheiro (MDB), recomendando modificações que precisavam ser feitas na gestão pública municipal.
“Ele continuou a praticar as mesmas ilicitudes nas contas”, disse Demilson Nogueira.
O julgamento no TCE foi suspenso após pedido de vista do conselheiro Valter Albano, mas já deu novo fôlego à oposição no Legislativo Municipal, que trata o voto do relator como um posicionamento ou pelo menos um recado da Corte de Contas para o prefeito.
“O Tribunal de Contas, que é um órgão completo, que entende tudo de contas, já está dizendo que essas contas devem ser reprovadas. (...) O Tribunal está dizendo que essas contas não merecem ser aprovadas diante de todas as mazelas fiscais expostas ali e o endividamento exacerbado”, concluiu o vereador.