DO REPÓRTER MT
Por meio de licitações fraudadas, três das quatro empresas alvo da Operação Gomorra, deflagrada nesta quinta-feira (07), receberam R$ 9,7 milhões da Prefeitura de Várzea Grande e do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). A operação apura a criação de uma organização criminosa para fraudar processos licitatórios com prefeituras, câmaras e departamentos em Mato Grosso. Ao todo, o bando conseguiu obter R$ 1,8 bilhão em cinco anos.
Conforme a investigação, um contrato firmado com o DAE gerou o pagamento de R$ 374 milhões para a empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda.
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Já com a Prefeitura, foram três contratos assinados. Um com a Pantanal Gestão, no valor R$ 2,1 milhão; outro com com a Centro América, no valor de pouco mais de R$ 7 milhões; e com a Saga o valor foi de R$ 91,7 mil.
Além do contrato com o Dae e a Prefeitura de Várzea Grande, outros 99 acordos estão sendo apurados, não sendo identificado até o momento nenhum irregularidade por parte dos entes públicos.
De acordo com o Naco, os sócios das empresas envolvidas (Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda) indicam que Edézio Correa é a figura central da organização criminosa constituída para cometer as irregularidades.
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Segundo o Naco, as empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.
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Além de Edézio Correa, também são investigados Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.