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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

26 de Novembro de 2024, 13h:40 - A | A

POLÍCIA / ESQUEMA NO JUDICIÁRIO

STF bloqueia R$ 7 milhões de lobista de MT e esposa alvos de operação que apura venda de sentenças

O lobista foi preso preventivamente em Cuiabá, nesta terça-feira (26), pela Polícia Federal.

EDUARDA FERNANDES
DO REPÓRTER MT



Na decisão em que autorizou a deflagração da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda sentenças, o ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin também determinou o bloqueio de R$ 6 milhões do lobista e empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, e R$ 1 milhão de advogada Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, esposa de Andreson.

O lobista foi preso preventivamente em Cuiabá, nesta terça-feira (26), pela Polícia Federal. Ele foi o único alvo preso pela operação. A esposa de Andreson foi alvo de busca e apreensão. Miriam seria a "testa de ferro" de Andreson no esquema.

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O valor foi bloqueado das contas pessoais de Andreson e de cinco empresas das quais ele é sócio. São elas: Florais Transportes Eireli, Bioflex Agroindústria Energia Renovável LTDA., Florais Táxi Aéreo LTDA., Agropecuária 3 Amigos LTDA., e Coimbra Empreendimentos Imobiliários LTDA.

Andreson já havia sido alvo de buscas no final de outubro, em uma operação que investigou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e resultou no afastamento de cinco desembargadores.

As suspeitas envolvendo a atuação de Andreson chegaram ao conhecimento dos investigadores após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, no fim do ano passado, em Cuiabá.

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O Ministério Público apreendeu o celular do advogado assassinado para apurar o crime e constatou diálogos envolvendo venda de decisões de desembargadores de e Mato Grosso. Por isso, o material foi enviado ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e compartilhado com a Polícia Federal.

Os investigadores então descobriram os diálogos de Zampieri com Andreson sobre venda de decisões do STJ e de outros tribunais. Andreson compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e dizia ter influência sobre assessores do tribunal. Ele costumava se apresentar em Brasília como advogado, mas não tinha registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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