DA REDAÇÃO
O senador Pedro Taques (PDT-MT) assinou, nesta terça-feira (14.02), uma representação contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega, amparada em "indícios da prática de atos de improbidade administrativa". O documento endereçado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também foi assinado pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Na representação, eles acusam Guido Mantega da prática de improbidade administrativa, em razão de sua omissão quanto a fatos ocorridos na Casa da Moeda. Os senadores resumem esses fatos como "esquema de corrupção comandado pelo presidente daquela empresa pública, vinculada ao ministério da Fazenda, e seu consequente enriquecimento ilícito".
A representação afirma que Guido Mantega, inicialmente "sabia das acusações contra o chefe da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, ou seja, mesmo após ter sido alertado oficialmente de que ele estava sendo investigado pela Receita e pela Polícia Federal e, logo, que existiam robustos indícios de corrupção, o ministro manteve Denucci no comando da Casa da Moeda, com isso dando causa à continuidade dos atos lesivos ao interesse público".
Na opinião dos senadores, a conduta de Mantega constitui ato previsto na Lei da Improbidade Administrativa e por isso pedem a instauração de inquérito civil público para a apuração dos fatos. Se confirmadas as suspeitas, eles pedem que sejam aplicadas ao ministro as penas da lei, entre as quais, se encontra a perda da função pública.