LUIS VINÍCIUS
MAYARA MICHELLS
O ex-vereador João Emanuel Moreira Lima foi preso, na tarde desta sexta-feira (17), após a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal, receber o laudo médico, que apontou que ele, que passou por cirurgia de varicocele bilateral, há cerca de três semanas, não mais necessita de cuidados especiais e está apto para sair do repouso pós-operatório e ficar recolhido na cadeia.
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O ex-vereador é acusado de compor uma quadrilha que aplicou golpes que somariam de cerca de R$ 2 bilhões, que teriam lesado ao menos 20 pessoas em Mato Grosso, e em outros estados.
O mandado de prisão é cumprido por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que devem encaminhar o advogado para o Centro de Custódia da Capital (CCC), anexo ao presídio do Carumbé.
Por causa da cirurgia, João Emanuel se livrou de ser preso no dia 26 de agosto, quando foi deflagrada a operação Castelo de Areia, e reverteu a prisão preventiva em domiciliar.
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O ex-vereador é acusado de compor uma quadrilha que aplicou golpes que somariam de cerca de R$ 2 bilhões, que teriam lesado ao menos 20 pessoas em Mato Grosso, e em outros estados. A quadrilha aplicava os golpes oferecendo investimentos internacionais, que prometiam altos lucros, por meio de transações realizadas através do Grupo Soy. Os donos do grupo Shirlei Aparecida Matsuoka e o marido dela Walter Dias Magalhães Júnior, que é considerado o maior estelionatário do estado, também foram presos logo que a operação foi deflagrada.
Em depoimento ao GCCO, Walter chegou a afirmar que João Emanuel, teria ordenado a membros da facção criminosa Comando Vermelho, que matassem a juíza Selma Rosane. Segundo o comparsa, João Emanuel seria advogado de membros da afcção criminosa.
Por conta disso, a família Moreira Lima entrou com processo contra Walter por calúnia e difamação.
O ex-juiz, Irênio Lima, que é pai de João Emanuel, e o advogado Lázaro Moreira, que é irmão do ex-verador, também são denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de compor a organização criminosa, o que é refutado por eles, que alegam não ter cabimento que tenham recebido tanto dinheiro e estarem passando por dificuldades financeiras até mesmo para pagar as contas do apartamento onde vivem.
Lázaro e Irênio afirmam ainda que, ao invés de réus, eles são vítimas das falcatruas de Walter Dias, que os teria convidado para atuar como consultores jurídicos do Grupo Soy e nunca pagou seus honorários. Ao invés disso, incluiu Irênio como sócio da empresa, fazendo com que ele contraísse dívidas na ordem de R$ 380 mil.
Em seu laudo o médico atestou que João Emanuel sofreu uma cirurgia pequena, encontra-se em bom estado, com boa cicatrização, sem sinais de infecção e não há qualquer risco.
Ameaça de morte
Após o benefício da prisão domiciliar, João Emanuel foi acusado de promover um "salve" dentro do presídio, conforme revelou seu comparsa, Walter Magalhães, presidente do Grupo Soy, de que João Emanuel era CV (Comando Vermelho). Segundo Walter, JE teria dado ordem para assassinar a juíza Selma Arruda, conforme denunciou o .
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