MIRO FERRAZ
DA RDAÇÃO
A Polícia Civil deve começar a ouvir familiares, funcionários e suspeitos para tentar montar o quebra cabeças que pode esclarecer o assassinato do empresário Itacir Luis Perotto, (51), dono da Floricultura Arte Rosas, em Cuiabá.
Perotto foi morto no último sábado (18) com um tiro na cabeça. O corpo foi encontrado nas proximidades do Centro de Eventos do Pantanal. Segundo a polícia, já existe uma relação de prováveis suspeitos pelo crime como o ex-funcionário Ronilson Queiroz (27) e membros de uma suposta quadrilha que teriam seqüestrado o empresário, cerca de dois meses atrás.
Segundo policiais ligados ao caso, a previsão é de que as investigações, conduzidas pelo delegado Antônio Esperândio, sejam concluídas em janeiro. O delegado aguarda pelo resultado da pericia técnica feita no local onde foi encontrado o corpo e também no carro do empresário para estabelecer a linha de investigação.
Apesar disso, a polícia já sabe, por exemplo, que o empresário não foi morto no local onde o corpo foi encontrado. Para a polícia o local serviu apenas para "desova". No mês passado, Perotto atirou contra o funcionário Ronilson Marques de Queiroz, dentro da floricultura. Queiroz foi atingido no braço e peito, porém sem gravidade.
Naquela ocasião, os investigadores apreenderam o revólver calibre 38, e Itacir foi preso e indiciado por tentativa de homicídio. Em seu depoimento, Perotto disse que atirou porque fora vítima de um seqüestro que ocorreu no feriado do dia 2 de novembro, e, no momento, da discussão ele desconfiava do seu funcionário, Ronilson Marques de Queiroz.
O advogado da família, Flávio Bertin, informou que irá acompanhar os trabalhos da Polícia e que não descarta nenhuma hipótese do que teria motivado o crime, mas disse desconhecer qualquer ameaça que o cliente teria recebido.