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Cuiabá, 25 de Novembro de 2024
25 de Novembro de 2024

24 de Outubro de 2021, 08h:00 - A | A

PODERES / POR FALTA DE DUPLICAÇÃO

Rota diz que vai entregar concessão da BR-163 de forma amigável

Concessionária tem sido pressionada por não cumprir cláusulas do contrato firmado em 2013 e, ainda assim, continuar cobrando pedágios

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Alvo de duras cobranças que se acirram a cada dia pela falta de duplicação na BR-163, a concessionária Rota do Oeste, que administra o trecho da rodovia em Mato Grosso, afirmou que vai entregar o contrato da concessão amigavelmente, se a tentativa de firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) fracassar. 

Nessa semana, o senador Carlos Fávaro (PSD) adiantou que a ANTT daria início ao processo de caducidade do contrato de concessão e afirmou que a Agência deve rejeitar a única proposta de investidores para troca do controle acionário da Rota do Oeste. A mudança faz parte do TAC apresentado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em julho deste ano.

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Ao , a Rota lembrou que já aceitou as condições impostas pelo governo federal em relação à BR-163 em Mato Grosso, e que aguarda os encaminhamentos dos órgãos competentes para a finalização do TAC. Ainda, defendeu que a conclusão do termo de ajustamento de conduta seria a melhor resolução para os impasses em relação às obras atrasadas.

O termo prevê, entre outras coisas, a reprogramação das obras de duplicação da rodovia, fator principal que tem ocasionado a pressão contra a concessionária. Isso porque, mesmo sem a realização da obra, a empresa continua cobrando pedágio nas rodovias. 

Leia também - Fávaro diz que governo vai cortar contrato com a Rota do Oeste por falta de duplicação

Entretanto, caso a troca de controle acionário não se conclua e o TAC não seja firmado, a Rota do Oeste afirmou que se compromete a devolver amigavelmente o contrato de concessão, para evitar que haja maior demora no processo de nova licitação para a rodovia.

“A CRO entende que, conforme já informado em outras ocasiões, a assinatura do TAC, aliada à troca de controle acionário da Concessionária, é o melhor caminho para a retomada mais célere das obras de duplicação da BR-163/MT, sendo que, se por alguma razão essa via não se materializar, a Rota do Oeste reafirma seu compromisso em seguir com a Devolução Amigável do contrato, conforme previsto nos termos da Lei 13.448/17”, informou, por meio de nota.

De acordo com o ministro Tarcísio, o TAC envolve R$ 3,2 bilhões em investimentos para a duplicação de 850 quilômetros de rodovia, sendo que as primeiras etapas para a obra de infraestrutura começariam em março de 2022, com previsão de quase 340 km de duplicação e 375 km de recuperação de pistas. 

Atualmente, a minuta do TAC ainda não foi votada na ANTT em razão de um pedido de vista na audiência na quinta-feira (21), quando a Agência também determinou a instalação de uma Comissão Processante para iniciar o processo de caducidade. De acordo com a ANTT, a comissão tem prazo de 180 dias para produzir um relatório sobre a situação envolvendo a concessionária.

Texto atualizado em 25/10, às 16h10.

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