VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
A primeira-dama de Mato Grosso Virginia Mendes lamentou o incidente envolvendo a mãe de uma criança autista e um motorista de aplicativo, ocorrido na última quinta-feira (10), em Cuiabá. Indignada, ela cobrou uma manifestação da empresa de aplicativo.
“A empresa deve uma satisfação à sociedade por aceitar pessoas despreparadas no atendimento ao público”, disse Virginia Mendes.
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O caso foi divulgado nas redes sociais na sexta-feira (11). Em um vídeo, a mãe denunciou ter sido agredida pelo motorista de aplicativo, pelo fato de ela estar com seu filho que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
As imagens foram feitas dentro do carro e mostra parte da conversa em que a mãe, que estava com duas crianças, diz que um dos seus filhos é autista e o motorista responde: “então compra um carro, cuida dele”. Quando a mulher tenta filmar o rosto do motorista, o vídeo acaba.
Em outro vídeo, já fora do veículo, a mãe aparece machucada dizendo para outra mulher: “ele me agrediu, olha o meu rosto. Não deixa ele ir embora, chama a polícia para ele”. Neste momento o homem entra no carro e sai em alta velocidade.
“Faltou empatia, educação e respeito com o próximo. Estou indignada”, declarou Virginia Mendes ao tomar conhecimento do caso.
Como defensora ativa da inclusão e idealizadora de projetos como o SER Família Inclusivo, a primeira-dama sugere que motoristas de aplicativo sejam treinados e capacitados para atender pessoas com autismo ou qualquer outro tipo de transtorno.
Motorista foi encontrado
O homem responsável pela violência foi localizado pela Polícia Civil na sexta-feira à noite em sua residência no bairro Santa Terezinha, na capital. No momento da abordagem ele estava com uma espingarda de chumbinho, tentou fugir, mas foi contido, conduzido à delegacia, ouvido e liberado em seguida. Ele foi identificado apenas com as iniciais C.K.S.L., tem 44 anos e deverá responder pelo crime de preconceito contra pessoa com deficiência.
Já a vítima foi localizada por policiais do Plantão da Mulher e orientada a comparecer a uma delegacia para registrar a ocorrência e para receber acolhimento.
